quinta-feira, 19 de maio de 2011

Professora Amanda Gurgel

O discurso da Professora Amanda Gurgel (Rio Grande do Norte) revela a situação dos professores brasileiros. Assistimos a tantos discursos sobre qualidade na educação, mas falta muito para qualificar a educação. Valorizar o professor é o primeiro passo para o alcance da qualidade.

domingo, 15 de maio de 2011

"O churrasquinho tem lá seu valor"

Tem coisas que lemos e gostamos tanto que queríamos ter escrito. Falo do texto do Rodrigo Vianna "O churrasquinho tem lá seu valor". Vianna faz uma reflexão sobre a reação da elite paulista em relação à construção de uma estação de metrô na Av. Angêlica. Entre tantas instigantes palavras, destaco um pequeno trecho do artigo:

"Tantaz vezes confrontado pela elite brasileira que não aceitava ser governada por um “diferenciado”, Lula não partiu pro confronto, nem tentou derrubar a bastilha. Lula reagia sempre com o churrasquinho.

O churrasquinho é como se o povo, como fez Lula durante 8 anos, dissesse pra essa elite tosca: “não queremos ser iguais a vocês… Vocês é que deviam ser iguais a nós. Venham, sejam brasileiros! Venham pro nosso churrasquinho, aproximem-se! No Brasil, há espaço até para elitistas boçais.”

Somos uma civilização imperfeita. É o melhor que podemos oferecer ao mundo."


terça-feira, 10 de maio de 2011

"O Perigo da História Única"

Sugiro, novamente, que vejam o discurso da escritora nigeriana Chimamanda Adichie.

PARTE 01




PARTE 02

domingo, 1 de maio de 2011

"Falta um zero no meu ordenado"

"Falta um zero no meu ordenado", de Benedito Lacerda e Ary Barroso (1947) para não esquecermos o significado do 1º de maio. Abaixo destaco a letra:

Falta um zero no meu ordenado
Benedito Lacerda/Ary Barroso

Trabalho como louco
Mas ganho muito pouco
Por isso eu vivo sempre atrapalhado
Fazendo faxina
Comendo no China
Tá faltando um zero no meu ordenado
Trabalho como louco
Mas ganho muito pouco
Por isso eu vivo sempre atrapalhado
Fazendo faxina
Comendo no China
Tá faltando um zero
No meu ordenado
Tá faltando um zero no meu ordenado
Tá faltando sola no meu sapato
Somente o retrato
Da rainha do meu samba
É que me consola
Nesta corda bamba

Por Bertolt Brecht

Perguntas de um trabalhador que lê

Por Bertolt Brecht

Quem construiu Tebas, a cidade das sete portas?
Nos livros estão nomes de reis;
os reis carregaram as pedras?
E Babilônia, tantas vezes destruída,
quem a reconstruía sempre? Em que casas
da dourada Lima viviam aqueles que a construíram?
No dia em que a Muralha da China ficou pronta,
para onde foram os pedreiros?
A grande Roma está cheia de arcos-do-triunfo:
quem os erigiu? Quem eram
aqueles que foram vencidos pelos césares? Bizâncio, tão
famosa, tinha somente palácios para seus moradores? Na
legendária Atlântida, quando o mar a engoliu, os afogados
continuaram a dar ordens a seus escravos.

O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César ocupou a Gália.
Não estava com ele nem mesmo um cozinheiro?
Felipe da Espanha chorou quando sua armada
naufragou. Foi o único a chorar?
Frederico 2º venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem partilhou da vitória?

A cada página uma vitória.
Quem preparava os banquetes?
A cada dez anos um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias,
Tantas questões

Quase 14 milhões de analfabetos

O Censo 2010 divulgado no último dia 29 pelo IBGE revela que o Brasil ainda tem 9,6% da população com 15 ou mais, analfabeta. No Censo de 2000, o percentual era de 13,6%, ou seja, diminuímos apenas 4 pontos percentuais. Percebo que os Anos Lula não conseguiram avançar neste grave problema.