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sábado, 29 de outubro de 2011
Nelson Cavaquinho - 100 Anos
Nota da Presidenta Dilma
Em meu nome e de todos os integrantes do governo, junto-me neste momento ao carinho e à torcida de todo o povo brasileiro pela rápida recuperação do presidente Lula.
Graças aos exames preventivos, a descoberta do tumor foi feita em estágio que permite seu tratamento e cura. Como todos sabem, passei pelo mesmo tipo de tratamento, com a competente equipe médica do Hospital Sírio Libanês, que me levou à recuperação total. Tenho certeza de que acontecerá o mesmo com o presidente Lula.
O presidente Lula é um líder, um símbolo e um exemplo para todos nós. Tenho certeza de que, com sua força, determinação e capacidade de superação de adversidades de todo o tipo, vai vencer mais esse desafio. Contará também, para isso, com o apoio e a força de D.Mariza.
Como Presidenta da República e ex-ministra do presidente Lula, mas, sobretudo, como sua amiga, companheira, irmã e admiradora, estarei a seu lado com meu apoio e amizade para acompanhar a superação de mais esse obstáculo.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil
O agradecimento de Lula aos internautas
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Memória poética de Olhos D'água - Por Edvan Pacheco
Muito já se tem pesquisado e falado sobre a memória. Alguém (de quem não me recordo o nome) a definiu como “a arte do esquecimento”. Como assim? Quer dizer que uso minha memória esquecendo o nome desse sujeito? Tenho minhas dúvidas! Dizem também que nossa memória é associativa. Aí, sim, concordo. Resgato fatos passados associando-os a sensações que me ocorrem no presente. Por exemplo, às vezes, quando vejo uma moça de bermuda jeans curta, de azul bem surrado, lembro-me de uma professora que tive lá pelos onze anos de idade. Ela faria um bolo para comemorarmos a última aula do ano e dividiu os ingredientes entre os alunos. Fiquei de levar o fermento a sua casa. Chegando lá, era assim que ela estava vestida. (Se bem que uma terapeuta me disse que isso não tem nada de “memória associativa”; chama-se na verdade TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo).
De qualquer forma, quantos fatos ou pessoas um determinado cheiro já lhe fez recordar, heim? Os sons... esses, então, nem me falem. Músicas nos trazem a todo instante as mais variadas situações do passado. Dia desses, numa festa, quando iniciei ao violão os primeiros acordes de Detalhes, de Roberto Carlos, um colega me pediu pra parar. - Toca essa, não, por favor! - Por que você não gosta? Perguntei me fazendo de inocente. – Gosto, claro! Mas... sabe como é, né? Enquanto isso, a turba elevada a algumas doses gritava: Toca sim, toca sim! Toquei. Quem não queria ouvir cantou todas as estrofes e no final me falou das lembranças que lhe perturbavam quando ouvia aquela canção. Isso porque tudo o que se sente - os sons, as cores, as formas, o paladar enfim - se ressente.
Falando de música e lugares, Liverpool lembra quem? Brasília lembra tanta gente: Liga Tripa, Legião Urbana... Se o assunto for forró, Ceilândia lembra Trio Siridó, Paraibola. Se for rock and roll, Gama nos traz à tona, imediatamente, Fungos e Bactérias e Mastro Urbano. Na seara dos botecos, Batik e Botiquim Blues, na Taguá das antigas, são inesquecíveis. Quando o tema é roubalheira pública, Roriz e sua trupe roubam a cena. E assim vamos.
A poesia, essa então, está em todos os lugares. Senão, vejamos.
O último final de semana passei em Olhos D'água, lugarejo a 100 km de Brasília, onde ocorre a Feira do Troca nos meses de junho e dezembro. Com meu filho e acompanhado de uma amiga com o seu, escolhi a baixa temporada para me refugiar no silêncio e na vagarosidade daquela cidade. Logo na primeira rua, Drumond me saltou à memória:
(...)
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
Mal botei o pé na porteira da fazenda onde ficamos hospedados, o cheiro de bosta de vaca e de cavalo ressuscitou Francisco Morojó, o Pezão, que, ironicamente, faleceu num acidente de carro quando ia para Olhos:
Goiás dos chapéus quebrados
das mulheres férteis
dos homens embrutecidos
das estradas de barro
das pinquelas interditadas
de mulheres abandonadas
e dos homens esquecidos
Anápolis e Goiania
valei-me Stª Cora de Goiás
quero sentir o cheiro
de baforadas de cigarros de palha
e aroma de merda de cavalos
que é pra esquecer
o peso das grandes cidades.
De volta a Brasília, é exatamente o peso da grande cidade que me faz lembrar, já com saudades, a leveza despretensiosa de Olhos D'água. É a tal história da memória associativa. Que logo, logo vai me fazer voltar.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
"Vão tentar transformar isso num protesto moral sem coração, um processo descafeinado"
O discurso de Zizek em Wall Street está disponível no portal Carta Maior. Dentre as suas palavras fortes e necessárias sobre o capitalismo especulativo, destaco:
domingo, 9 de outubro de 2011
"Disbicicléticos"
Mulheres ganham Prêmio Nobel da Paz
Recebi, com grande satisfação, a notícia da outorga do Prêmio Nobel da Paz deste ano para a presidenta da República da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, para a ativista liberiana Leymag Roberta Gbowee e para a jornalista iemenita Tawakkul Karman.
Primeira mulher eleita presidenta em um país africano, Ellen Johnson Sirleaf tem contribuído, ao longo de toda sua vida pública, para a paz e o desenvolvimento da Libéria.
Sua compatriota, Leymah Roberta Gbowee, mobilizou mulheres de todas as etnias e religiões para enfrentar o regime de Charles Taylor, na Libéria, e contribuir para o fim da guerra civil em seu país.
Tawakkul Karman, por sua vez, tem trabalhado pela promoção da paz e da democracia e pelos direitos das mulheres no Iêmen antes e durante a “Primavera Árabe”. Fundou, em 2005, a ONG “Women Journalists Without Chains”, grupo que tem tido atuação destacada na promoção da liberdade de imprensa naquele país.
Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil