quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Valorização do Professor: salário e formação


Mais um 15 de outubro e mais uma comemoração do dia do Professor! Que bom, pelos menos parte da mídia e da sociedade dá atenção a essa categoria de trabalhadores.

Nos últimos dias um novo estudo sobre o professor brasileiro foi divulgado pela UNESCO (livro disponível no portal da instituição), intitulado "Professores do Brasil: impasses e desafios”. A publicação analisa o perfil dos professores em exercício, os licenciandos (dados do ENADE), a formação docente, os currículos das instituições que formam os professores e os salários e planos de carreiras.

A pesquisa traz algumas constatações sobre a necessidade de valorizar o professor que a luta sindical revela todo ano nas suas campanhas salariais, quais sejam: potencializar a formação dos professores e melhorar os seus salários.

Destaco alguns pontos que considero fundamentais na pesquisa e que corroboram com a discussão que os professores intensivamente fazem sobre a sua carreira.

O estudo indica que 77% das mulheres ocupam os postos de trabalho na carreira docente, sendo que na educação infantil o número de mulheres corresponde a 98%. Este dado confirma a antiga relação entre educação de crianças e trabalho feminino. Considerando que a educação infantil ainda se associa fundamentalmente às funções de cuidar e, sendo este fazer historicamente atribuído às mulheres, tal constatação não é um dado novo, só revela o sexismo ainda tão presente no Brasil.

Em relação aos currículos das instituições formadoras, ressalta-se a ausência de um perfil profissional claro do professor que se quer formar. Constatou-se que os currículos não estão voltados para a prática profissional, sendo que, nos cursos de pedagogia há um conjunto de disciplinas dispersas e fragmentadas. As demais licenciaturas se preocupam significativamente com o ensino dos conhecimentos específicos em detrimento dos conhecimentos pedagógicos.

Outro ponto a destacar diz respeito aos formadores. Segundo a pesquisa a maioria dos formadores não conhece os contextos escolares e os professores que formam. Pergunta-se: que cursos de formação de professores são estes? Em outras carreiras quem ensina tem uma trajetória de atuação profissional consolidada, por que isto na educação básica?

Sobre salário, a pesquisa constata que a remuneração inicial do professor, de modo geral, é mais baixa que outras carreiras que exigem curso superior. O movimento dos professores trata dessa temática o tempo todo. Infelizmente, vivemos um contexto que super valoriza o papel da educação na ascensão social, mas, ao mesmo tempo não valoriza o papel do maior propulsor da aprendizagem e da socialização dos saberes humanos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

IDH 2009 - Brasil

No último dia 05 foi divulgado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos 182 países participantes da pesquisa. O IDH sintetiza três índices, quais sejam: renda, longevidade e educação. O Brasil ficou na posição 75ª e classifica-se como IDH elevado ao apresentar um índice de 0,808, numa variação de 0 a 01. No portal do PNUD há maiores detalhes sobre os dados do Brasil.