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segunda-feira, 27 de junho de 2011
Um brasileiro na FAO
domingo, 26 de junho de 2011
"O Valioso Tempo dos Maduros" - Mário de Andrade
Nada como a poesia para sermos mais. Deliciem com Mário de Andrade.
O Valioso tempo dos maduros
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos.
Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial.
sábado, 25 de junho de 2011
Itsván Mészáros
sexta-feira, 24 de junho de 2011
"Histórias de Paixão" Por Isabel Allende
terça-feira, 21 de junho de 2011
Carta do 2º Encontro de Blogueiros Independentes
domingo, 19 de junho de 2011
2º Encontro de Blogueiros Independentes - dia 17 de junho
O jurista Fábio Konder Comparato encantou o público. Iniciou a sua exposição afirmando: "O poder é o nervo central da vida política". Para o jurista o poder capitalista não está fundado na violência, mas na sedução e na corrupção, "O poder capitalista lembra a serpente. Ela não é violenta é sedutora". Comparato apresentou estudo da Unesco sobre o ambiente regulatório para radiofusão no Brasil. O estudo concluiu que a mídia brasileira é dominada por 35 grupos, que controlam 516 empresas. Segundo o jurista, uma única rede detém 51,9% da audiência nacional. Após a divulgação desses dados, o jurista nos informou que os pesquisadores responsáveis pelo estudo Toby Mendel e Eve Salomon foram chamados pela TV Globo. Este veículo de comunicação ameaçou romper contrato com a UNESCO na promoção do Criança Esperança.
A deputada Federal Luíza Erundina, coordenadadora da Frente Parlamentar pela Democratização dos Meios de Comunicação, relatou a dificuldade que passa na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática para garantir o debate em torno da democratização da comunicação. Ela contou que há deputados que tem concessões de rádio e TV. Enfim, foi uma rica manhã de discussões sobre o futuro da comunicação no Brasil.
Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília
Ontem (18/06), por volta das 12h, aconteceu a Marcha das Vadias, aqui no DF. Passei rapidamente por lá, pois estava no 2º Encontro de Blogueiros Independentes. Este movimento (Slut Walk) começou no Canadá em abril deste ano depois de um policial ter afirmado que a violência sexual na Universidade de Toronto acontece porque as mulheres se vestem como vagabundas. A partir de então, inúmeros protestos estão acontecendo em todo o mundo como forma de denunciar a violência contra a mulher. Abaixo transcrevo a "Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília".
Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília – Por que marchamos?
Em Brasília, marchamos porque apenas nos primeiros cinco meses deste ano, foram 283 casos registrados de mulheres estupradas, uma média de duas mulheres estupradas por dia, e sabemos que ainda há várias mulheres e meninas abusadas cujos casos desconhecemos; marchamos porque muitas de nós dependemos do precário sistema de transporte público do Distrito Federal, que nos obriga a andar longas distâncias sem qualquer segurança ou iluminação para proteger as várias mulheres que são violentadas ao longo desses caminhos.
No Brasil, marchamos porque aproximadamente 15 mil mulheres são estupradas por ano, e mesmo assim nossa sociedade acha graça quando um humorista faz piada sobre estupro, chegando ao cúmulo de dizer que homens que estupram mulheres feias não merecem cadeia, mas um abraço; marchamos porque nos colocam rebolativas e caladas como mero pano de fundo em programas de TV nas tardes de domingo e utilizam nossa imagem semi-nua para vender cerveja, vendendo a nós mesmas como mero objeto de prazer e consumo dos homens; marchamos porque vivemos em uma cultura patriarcal que aciona diversos dispositivos para reprimir a sexualidade da mulher, nos dividindo em “santas” e “putas”, e muitas mulheres que denunciam estupro são acusadas de terem procurado a violência pela forma como se comportam ou pela forma como estavam vestidas; marchamos porque a mesma sociedade que explora a publicização de nossos corpos voltada ao prazer masculino se escandaliza quando mostramos o seio em público para amamentar nossas filhas e filhos; marchamos porque durante séculos as mulheres negras escravizadas foram estupradas pelos senhores, porque hoje empregadas domésticas são estupradas pelos patrões e porque todas as mulheres, de todas as idades e classes sociais, sofreram ou sofrerão algum tipo de violência ao longo da vida, seja simbólica, psicológica, física ou sexual.
No mundo, marchamos porque desde muito novas somos ensinadas a sentir culpa e vergonha pela expressão de nossa sexualidade e a temer que homens invadam nossos corpos sem o nosso consentimento; marchamos porque muitas de nós somos responsabilizadas pela possibilidade de sermos estupradas, quando são os homens que deveriam ser ensinados a não estuprar; marchamos porque mulheres lésbicas de vários países sofrem o chamado “estupro corretivo” por parte de homens que se acham no direito de puni-las para corrigir o que consideram um desvio sexual; marchamos porque ontem um pai abusou sexualmente de uma filha, porque hoje um marido violentou a esposa e, nesse momento, várias mulheres e meninas estão tendo seus corpos invadidos por homens aos quais elas não deram permissão para fazê-lo, e todas choramos porque sentimos que não podemos fazer nada por nossas irmãs agredidas e mortas diariamente. Mas podemos.
Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamos antes do casamento, já fomos chamadas de vadias por simplesmente dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas à noite e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e estupradas por vários homens ao mesmo tempo durante a Ditadura Militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.
Mas, hoje, marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir enquanto mulheres. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e somos todas livres! Somos livres de rótulos, de estereótipos e de qualquer tentativa de opressão masculina à nossa vida, à nossa sexualidade e aos nossos corpos. Estar no comando de nossa vida sexual não significa que estamos nos abrindo para uma expectativa de violência, e por isso somos solidárias a todas as mulheres estupradas em qualquer circunstância, porque foram agredidas e humilhadas, tiveram sua dignidade destroçada e muitas vezes foram culpadas por isso. O direito a uma vida livre de violência é um dos direitos mais básicos de toda mulher, e é pela garantia desse direito fundamental que marchamos hoje e marcharemos até que todas sejamos livres.
Somos todas as mulheres do mundo! Mães, filhas, avós, putas, santas, vadias...todas merecemos respeito!
Marcha das Vadias BSB
Saionara Reis
CADir-UnB
DCE-UnB - Gestão Amanhã vai ser MAIOR
Brasil &Desenvolvimento - B&D
PET Dir - Programa de Educação Tutorial do Direito UnB
sábado, 18 de junho de 2011
Lula no 2º Encontro de Blogueiros
"Ser brogueiro é chique, brogueiro progressista mais ainda".
"Vocês evitaram que os falsos formadores de opinião pública ditassem regras do que deveria acontecer no país".
"O preconceito contra a mulher é infinitamente maior que o do homem".
"Vocês são uma alternativa"."
"Tudo é moderno quando é no sapato dos outros".
" Vocês foram xingados exatamente por aqueles que faziam a sujeira".
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Stand By Me por Músicos de Rua
2º Encontro de Blogueiros Independentes
terça-feira, 14 de junho de 2011
Trabalhador soterrado em obra no DF
domingo, 12 de junho de 2011
2º Encontro de Blogueiros Independentes
Local: Centro de Convenção da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC)
SGAS. Avenida W-5, Quadra 902, Bloco C – Telefone: (61) 3214-8000
Dia 17 de junho, sexta-feira
17 horas – Início do credenciamento.
19 horas – Palestra do ministro Paulo Bernardo sobre os desafios da comunicação no governo Dilma Rousseff;
21 horas – Festa de confraternização.
Dia 18 de junho, sábado
9 horas – A luta por um novo marco regulatório da comunicação.
- Deputada Luiza Erundina – coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão;
- Jurista Fábio Konder Comparato – autor da Ação de Omissão (ADO) do Congresso Nacional na regulamentação da comunicação;
- Professor Venício Lima – autor do livro recém-lançado “Regulação das comunicações”.
14 horas – Oficinas autogestionadas e simultâneas.
1- Os partidos e a luta pela democratização da comunicação.
- José Dirceu (PT), João Arruda (PMDB), Brizola Neto (PDT), Renato Rabelo (PCdoB), Randolfe Rodrigues (PSOL) – mediação: José Augusto Valente;
2- O sindicalismo na era da internet.
- Artur Henrique (CUT), Luis Carlos Mota (FS), Nivaldo Santana (CTB), Ricardo Patah (UGT), Ubiraci Dantas (CGTB) e Toninho (Diap) – mediação: Rita Casaro;
3- A política da internet, tecnologias e a neutralidade na rede.
- Sérgio Amadeu, Marcelo Branco, Ricardo Poppi, José Carlos Caribé, Tatiane Pires – mediação: Diego Casaes;
4- “Arte, humor, militância e compromisso: agora por nós mesmos. Compartilhando experiências”.
- Mediação: Sérgio Teles e Paula Marcondes;
5- Reforma agrária e as perspectivas na comunicação.
- Gilmar Mauro, Rodrigo Vianna, Letícia Silva, Sergio Sauer – mediação: Igor Felippe;
6- Mulheres na blogosfera.
- Luka da Rosa, Amanda Vieira, Mayara Melo – mediação: Niara de Oliveira;
7- Perseguição e censura contra a blogosfera.
- Paulo Henrique Amorim, Esmael Morais e Lino Bocchini – mediação: Altamiro Borges.
8- A militância digital e as redes sociais
- Eduardo Guimarães, Luis Carlos Azenha, Conceição Oliveira (Maria Frô) – mediação: Conceição Lemes.
9- Lan Houses e a internet na periferia.
- Mediação: Mario Brandão.
10- A economia da outra comunicação: os caminhos e desafios da sustentabilidade da blogosfera
- Ladislau Dawbor, Marcio Pochmann, Clayton Mello – mediação: Renato Rovai.
• Oficina sobre ferramentas do blog – mesa: Marcos Lemos;
Dia 19 de junho, domingo
9 horas – reuniões em grupo: troca de experiência, balanço e desafios da blogosfera progressista;
14 horas – Plenária final: aprovação da carta dos blogueiros e constituição da nova comissão nacional organizadora.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Por Carlos Drummond de Andrade
"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."
( Carlos Drummond de Andrade )