segunda-feira, 20 de outubro de 2008

João Cândido, O Almirante Negro


Nos versos dos compositores João Bosco e Aldir Blanc, na música "O mestre-sala dos mares", sabemos um pouco sobre João Cândido:

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu.
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu.
Conhecido como o navegante negro tinha a dignidade de um mestre-sala
.

Em 1910, mais de 2000 marujos se revoltaram na Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro, contra os maus tratos físicos praticados pela Marinha Brasileira. A insurreição ocorrida no dia 22 de novembro, foi marcada pelas armas que foram apontadas para o Rio de Janeiro. A princípio os marujos conseguiram uma vitória, mas, logo que passou o acontecimento, os marinheiros revoltosos foram presos, expulsos e até torturados.
A Revolta da Chibata, assim conhecida, foi liderada pelo negro João Cândido (naquela época como hoje, os trabalhos subalternos eram realizados pelos negros) que ficou preso sendo torturado por muito tempo. Teve a saúde prejudicada com as torturas. Com isto, a Marinha o encarcerou em um hospício.

Infelizmente, só agora, o nome deste brasileiro começa a circular pelo país. A Marinha concedeu neste ano a inscrição do seu nome no Livro dos Heróis da Pátria e a anistia post-mortem. Vejam bem, 98 anos após.

Para conhecermos mais sobre o João Cândido, acaba de ser lançado o livro de história em quadrinhos Chibata!, escrito por Olinto Gadelha e desenhado por Hemeterio.

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